O Ministério da Saúde vai fazer uma auditoria para apurar possíveis
irregularidades no uso do dinheiro destinado à saúde em Nova Iguaçu,
município da Baixada Fluminense.
Com problemas nas pernas, a empregada doméstica Sueli da Costa passou
mal a tarde inteira. Só conseguiu ir para o hospital em um carro
particular. “Minha sorte que nós temos bons vizinhos, que estão me
socorrendo”, diz.
A equipe de reportagem tentou várias vezes chamar uma ambulância, mas
não conseguiu ser atendida. As ligações caem em uma central que
administra o Samu, de onde os técnicos avaliam a necessidade de enviar
ambulâncias para socorrer os pacientes de toda a Baixada Fluminense.
Cada cidade tem um posto de onde saem os veículos. Em Nova Iguaçu, as
sete ambulâncias estão quebradas Em um depósito de carros velhos, é
possível encontrar outras seis ambulâncias abandonadas. Algumas estão
com a lataria amassada, e outras, cheias de ferrugem. “A situação é
complicada. Somos obrigados a deslocar ambulâncias de outros municípios
para socorrer a população de Nova Iguaçu”, diz Antonio Dieb, coordenador
do Samu na Baixada Fluminense.
O diretor disse ainda que enviou um ofício ao Ministério da Saúde
pedindo providências. Em Brasília, o Ministério informou que não recebeu
nenhum documento comunicando os problemas, e disse que vai abrir uma
sindicância para investigar a situação.
Se for constatada qualquer irregularidade, o Ministério vai pedir a
devolução dos recursos repassados à prefeitura de Nova Iguaçu. Nos
últimos meses, foram mais de R$ 1,7 milhão.
“Vamos auditar e, em comprovando, vamos solicitar o ressarcimento,
porque não podemos ser coniventes com o mau uso dos recursos repassados
pros municípios e estados”, afirma Adalberto Fugêncio, diretor do
Denasus (Departamento Nacional de Auditoria do SUS). É o que também
espera Sueli, que não se esquece das dificuldades em conseguir
atendimento.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Nova Iguaçu informou que tem uma
frota de dez ambulâncias, mas admitiu que somente cinco delas estão
funcionando. Segundo a secretaria, isso acontece porque a empresa
contratada para a manutenção dos veículos tem atrasado o reparo dos
mesmos.
Reportagem: Eduardo Tchao/Rede Globo.
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quinta-feira, 22 de novembro de 2012
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
SENADO APROVA COBRANÇA DE IR SOBRE 14º E 15º SALÁRIO DE PARLAMENTARES
Do G1, em Brasília: O Senado aprovou nesta terça-feira (19) projeto de resolução que considera tributáveis os 14º e 15º salários recebidos pelos parlamentares ao final de cada ano. Segundo o projeto, os rendimentos serão tributados pelo Imposto de Renda porque passam a ser considerados remuneração e não uma indenização. Como trata de assunto interno, o projeto não precisa passar pela Câmara e passa a ter validade imediata após a publicação, que deve ocorrer nos próximos dias.
O mesmo projeto ratificou decisão tomada em setembro pela Mesa Diretora segundo a qual a Casa arcará com o Imposto de Renda não pago pelo recebimento do 14º e 15º no período de 2007 a 2011. Neste ano, a Receita cobrou o pagamento pelo imposto e a Casa decidiu assumir no lugar dos parlamentares.
Não será cobrado imposto, entretanto, sobre dois salários extras recebidos no início e no final do mandato dos senadores, destinada a compensar despesas com mudança e transporte. Por determinação da Receita, o Senado deverá recolher o Imposto de Renda sobre esses recebimentos no passado, mas deverá entrar com ação na Justiça posteriormente para tentar recuperar esse dinheiro, conforme o projeto.
Atualmente, cada parlamentar recebe R$ 26,7 mil por mês, fora benefícios, como plano de saúde, cota para gastos de gabinete (que cobre telefone, correspondências, transporte, entre outras despesas), além de passagens áreas.
Em maio, os senadores aprovaram o fim do 14º e do 15º salários. Após a aprovação, o projeto de decreto legislativo seguiu para a Câmara, mas ainda não foi votado. Se aprovado na Câmara, o decreto será promulgado pelo Congresso.
Receita: Em julho, a Receita Federal enviou intimações para os gabinetes dos senadores cobrando o recolhimento dos tributos referente ao período entre 2007 e 2011.
A Casa não recolheu o imposto de renda sobre o 14º e 15º salários devido a um decreto, de 1995, que classificava o pagamento dos dois salários extras como verba indenizatória.
Em 2010, uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ratificou o decreto parlamentar, afirmando que não se enquadra dentro do conceito de gerador de imposto de renda os valores recebidos como ajuda de custo, tidos pelo Senado como verba indenizatória.
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