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sábado, 6 de julho de 2013

DA ARMA DE FOGO AO PROJETO DE CURA GAY



*Eugenio Ibiapino
O gigante estava adormecido ou estava dançando quadradinho de oito? De qualquer forma o mundo assistiu ás ruas do Brasil  serem tomada por uma multidão que usava como a ponta do icebergue a redução das tarifas de ônibus. Mas as pessoas desavisadas não conseguiam entender a importância dessa revolta popular que se tornou acontecimento em todos os Municípios brasileiros, e aconteceu exatamente como um importante reflexo social da democracia brasileira, que conseguiram dar um recado importante aos políticos, de que o setor da política não detém mais o poder como pensavam há alguns meses atrás. O monopólio dos políticos ficou ameaçado nas ruas.
Tem aqueles oportunistas com visão ultra direita que acha que vão poder se utilizar das manifestações para disseminar uma cultura neonazistas como ocorreu no Rio de janeiro aonde muita gente foi denunciando por fazer saudações nazistas no meio da multidão em movimento. A mídia chegou a noticiar que algumas pessoas foram presas infiltradas nas manifestações com livros e símbolos nazistas.
A população brasileira redescobriu suas forças nas ruas, umas pessoas pediam a diminuição e o congelamento dos gêneros alimentícios, outras pediam atenção para o sistema do SUS, outras ainda pediam políticas públicas no combate á homofobia dentre outras reivindicações. Depois de crescer e avançar nos protestos essa revolta precisará ser refletida nas urnas porque ultimamente a população eleitoral tem escolhido a dedo sujo a maioria dos nosso s políticos, com pequenas exceções.
Todavia hoje se vê de tudo no parlamento brasileiro; Parlamentares puxando arma de fogo e ameaçando os seus desafetos como aconteceu na câmera dos vereadores da cidade de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, outros fazendo projetos que de nada poderá melhorar a vida da população Brasiléia como foi p caso de um pastor deputado desavisado e oportunista que inventou o projeto da “cura” gay, lembrando que não se pode curar algo que não é doença, haja vista que a própria (OMS) Organização de saúde não reconhece a homossexualidade, a bissexualidade ou a heterossexualidade como uma doença ou desvio. Assim quem ganha o dinheiro publico para fazer leis em favor da melhoria de vida da população resolve usar este recurso para consolidar uma cultura de discriminação e extermínio que perdura há século contra a comunidade homossexual brasileira, porque neste país á cada dia uma pessoa é executada por causa da sua orientação sexual.
A própria Anistia internacional já denunciou que no Brasil se executa homossexuais por motivo de ódio, tanto quanto os países governados por políticos religiosos e fanáticos como Irã, Iraque e Zimbábue. Ainda sobre este famigerado projeto de “cura” gay depois de ser arquivado pelo plenário da Câmera Federal o deputado Anderson Ferreira (PR- PE) reapresentou o mesmo projeto. O texto é o mesmo de autoria do Deputado João Campos(PSDB GO) na terça feira dia 2 de julho. O deputado Ferreira foi relator do referido projeto na comissão de direitos humanos aonde votou favorável.
Projeto como a “cura” gay não é um deboche apenas para a comunidade homossexual, como para toda a população brasileira que tem sérios problemas sociais, como o crack que hoje atinge nossas crianças e adolescentes sendo inclusive um grande problema na zona Rural. O eleitor brasileiro não pode mais continuar refém de parlamentares de mente presa aos preconceitos. Vamos nos utilizar do nosso vasto potencial que motivou a ida ás ruas.
A verdade e´que não nascemos para agradar ninguém, mas nosso limite vai até aonde chega o milite do outro. Somos a todo o momento permeado pelos anseios dos movimentos sociais e acabamos sendo um pouco do reflexo daquilo que vivemos. Se educarmos nossas crianças para a cidadania e para a felicidade, estaremos no caminho de formar adultos equilibrados e felizes ao contrário disso  o resultado  serão o retrocesso e o fanatismo que trasformarao nossos jovens em  adultos sisudos, infelizes e improdutivos.  O século XXI continuará sendo a busca incessante da felicidade e do conhecimento.
As vozes roucas dos gases lacrimogêneos darão o toque especial na escolha dos nossos parlamentares. O enfretamento de armas entre parlamentares e  até mesmo projetos como o “ Cura “  gay ficarão para sempre na lata de lixo da história contemporânea. As idéias serão enfrentadas de maneira civilizadas. Devemos apoiar as manifestações, mas nunca deixando para trás a busca do conhecimento, porque o que continua sendo um malefício no Brasil é a inércia de um setor importante da sociedade e a incompetência dos governantes em entender e escutar as vozes roucas das ruas.

   *O autor é articulista-Fundador do movimento LGBT da baixada-Coordenador da parada LGBT de Nova Iguaçu-Apresentador do programa ‘ATITUDE GERA MUDANÇA” da C4 TV WEB.
Contato: eugenioibiapino@gmail.com