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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

REPÓRTER É AGREDIDA POR MARGINAIS MASCARADOS

'Vi o olhar de ódio do mascarado', diz repórter agredida por black blocs.

 
Aline Pacheco, repórter da Record Rio que foi agredida por mascarados na última segunda-feira.

Por GILVAN MARQUES, em 23/10/2013. Repórter da Record Rio, Aline Pacheco afirma que viu o “olhar de ódio” de um mascarado que a agrediu com socos, empurrões e xingamentos enquanto ela cobria, na última segunda-feira (21), as manifestações contra leilão para exploração de petróleo na camada pré-sal, no Rio de Janeiro.
Aline foi agredida por quatro black blocs. Afirma que teve um ombro deslocado e encontra-se afastada do trabalho. Na próxima segunda, irá fazer uma ressonância magnética para avaliar os ferimentos. Na manifestação, o carro da Record que a transportou foi depredado e só não foi queimado porque bombeiros agiram a tempo.
"O abalo emocional é que é mais complicado”, desabafa.
Aline e um cinegrafista chegaram ao local dos protestos, na Barra da Tijuca, ainda na manhã de segunda. Desceram do veículo e ficaram atrás de grades de proteção. Empurrada por um policial, ela optou por trabalhar em uma praça, após um bate-boca.
Na praça, quatro mascarados se aproximaram. Um deles desferiu um soco no ombro de Aline _o alvo era o rosto, mas ela conseguiu desviar.
Segundo Aline, jornalistas do sexo feminino estão na mira dos black blocs. Melissa Munhoz, do SBT Rio, estaria “jurada” pelo grupo, de acordo com a repórter.
Sindicato surpreso
Em nota, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro diz que “repudia com veemência todas as formas de violência contra a imprensa”, mas se diz surpreso com a declaração de Aline.
O sindicato está produzindo um relatório sobre as agressões a jornalistas e afirma que a maioria das vítimas é do sexo masculino.
A Record diz que Aline sofreu apenas um forte empurrão e que não teve lesões nas manifestações de segunda-feira.

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